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Reunião indica que falta de leitos para pacientes em Franca é falha do Estado

Foto: Santa Casa de Franca

Um grupo de vereadores de Franca participou, na manhã desta quinta-feira (19), de um encontro com a direção da Santa Casa de Franca no Ambulatório Médico de Especialidades (AME) para obter informações sobre o funcionamento do sistema de regulação de vagas para internação de pacientes que dependem da rede pública de saúde.

O encontro contou com a presença dos vereadores Zezinho Cabeleireiro (PP), Lurdinha Granzotte (União), Ronaldo Carvalho (Cidadania), Lindsay Cardoso (Cidadania), Gilson Pelizaro (PT), Carlinho Petrópolis Farmácia (PL), Della Motta (PODE), Daniel Bassi (PSDB) e o vereador Marcelo Tidy (União) foi representado por assessor parlamentar.

Na oportunidade, os gestores do grupo Santa Casa apresentaram os dados relacionados ao sistema operacional de regulação de vagas, o papel da instituição com o atendimento prestado aos pacientes e ainda foram feitos apontamentos para melhorar a estrutura e evitar os problemas que frequentemente geram reclamações dos munícipes e são encaminhados aos vereadores.

O assunto ganhou repercussão nas últimas semanas depois dos questionamentos feitos no Legislativo com a apresentação da Moção de Repúdio nº 4, de 2022, de autoria do vereador Zezinho Cabeleireiro (PP), ao Sistema Cross, à Santa Casa de Misericórdia de Franca, ao Departamento Regional de Saúde VIII, e para o Governador do Estado de São Paulo pelo atendimento desumanizado e ineficiente de saúde do município de Franca.

A proposta havia sido adiada por três sessões após amplo debate em Plenário, retornou à pauta na 16ª Sessão Ordinária na terça-feira, 17 de maio, e novamente a pedido do autor foi adiada por uma sessão.

Zezinho Cabeleireiro (PP) destacou: “O que precisava acontecer, aconteceu hoje, nós queríamos entender como funciona o sistema, a Moção de Repúdio foi feita questionando o sistema (…) e nós descobrimos que a falha está no Estado, inclusive a Santa Casa fez um papel muito bonito de ter recebido os vereadores”

E enfatizou: “São dúvidas que todo mundo tinha. Foi muito importante essa explicação e sempre vamos ter essas reuniões”. Após o encontro e o esclarecimento de dúvidas, o parlamentar ressaltou que vai pedir para a Moção de Repúdio ser retirada.

O vereador Gilson Pelizaro (PT) falou sobre a importância do encontro. “Acho que foi muito bem esclarecido, as dificuldades que a Santa Casa tem para fazer o atendimento, são 280 leitos e estão todos ocupados, nem sempre a vaga surge imediatamente e demora um pouco mais e isso dá uma demanda nas UPAs e no Pronto Socorro.”

“Precisamos de um ajuste na Moção de Repúdio que o Zezinho Cabeleireiro fez, e estabelecer quem são os verdadeiros culpados, quem tem deixado a desejar e ficou muito claro que não é por causa da Santa Casa”, disse Pelizaro.

O vereador Ronaldo Carvalho (Cidadania) avaliou como produtivo o encontro. “Esse primeiro encontro foi uma linha de diálogo aberta e acredito que mais pessoas tëm que participar, ou seja, o Legislativo, o Executivo, também Ministério Público, para que se resolvam os problemas”

Daniel Bassi (PSBD) ressaltou que a aproximação é muito importante. “Essa convergência de ideias entre a instituição e o Legislativo quem ganha é a população. A saúde pública tem três participações, municipal, estadual e federal, todos esses entes tem responsabilidade e têm que ser cobrados”

A vereadora Lindsay Cardoso (Cidadania) analisou a situação. “Explicaram sobre o sistema CROSS, vagas, leitos e a Santa Casa está fechando com déficit de mais de R$ 1 milhão todo mês, ou seja, R$ 12 milhões no ano e realmente está precisando de ajuda”,

O Legislativo francano tem atuado com cobranças aos mais diversos órgãos melhorias para o atendimento da população. Na última sessão, o vereador Della Motta (PODE) em sua fala na Tribuna apresentou as respostas do Ministério Público após ingressar com representação contra a Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (CROSS).

No documento, a promotoria indefere o pedido do parlamentar, porém aponta responsabilidade e sugere “para que tal situação seja solucionada há duas possibilidades: investimento para ampliação de leitos na Santa Casa de Franca e/ou atualização da grade de referência, sendo nos dois casos dever e responsabilidade da Secretaria Estadual de Saúde”.

“Nós vamos, agora, provocar mais uma vez nossos deputados estaduais e vamos também fazer a nossa parte junto ao Poder Executivo. Nós precisamos urgentemente aumentar também a questão de leitos na Santa Casa”, disse Della Motta.

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