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Associação de Franca luta para garantir tratamento com canabidiol a cerca de 1 mil pacientes

Enfrentar uma doença é passo difícil para qualquer paciente. Quando ele ainda depende de tratamento especializado há maior dificuldade. E quem precisa do uso do óleo canabidiol encara mais desafios, pois muitos precisam superar uma série de preconceitos envolvidos nesse tipo de medicação.

Em Franca, uma entidade assumiu o trabalho de atender, com orientação e informação, em torno de 1 mil pessoas que dependem do tratamento com canabidiol para conseguir amenizar diferentes sintomas. Há pacientes de Franca e outras partes do Brasil.

A Associação Terapêutica Cannabis Medicinal Flor da Vida foi fundada com o intuito de unir esforços para garantir que pacientes possam receber o melhor atendimento, bem como batalhar para esclarecer a sociedade sobre o assunto e reduzir as barreiras do preconceito.

“A Flor da Vida é uma associação de pacientes que fazem uso da Cannabis Medicinal para diversas patologias. Todos com receita médica. Praticamos a desobediência civil quando plantamos, manipulamos e extraímos o óleo de cannabis para elaboração do remédio. A associação foi fundada em 22 de maio de 2019. Nosso objetivo é fornecer suporte às famílias que buscam o tratamento com a cannabis, fornecendo-lhes todo o apoio e orientação seja ela no primeiro acesso feito através do remédio produzido associativamente e também com orientação para cultivo caseiro. Contamos também com uma equipe de médicos que prescrevem a maconha de forma medicinal, além de equipe multidisciplinar de assistentes sociais, psicólogas, nutricionistas e acolhedoras. Lutamos para a regulamentação da produção nacional, direito ao cultivo caseiro e cultivo através de associações”, detalhou a entidade.

A entidade atualmente está em processo de construção de uma unidade de núcleo social para tentar atender associados e pacientes com maior estrutura de acompanhamento médico e técnico especializado.

Conforme o Coletivo da Cultura, que tem o programa Lugar de Mulher, muitas mães enfrentam uma série de dificuldades para conseguir tratar seus filhos e ainda lidar com o preconceito que pode existir até mesmo dentro da família.

No dia 19, o coletivo promoveu uma live para debater esse recurso medicinal e abordar histórias reais de pessoas que dependem do tratamento com canabidiol e qual é a experiência delas diante das dificuldades que surgem. É possível assistir ao programa nas redes sociais do Coletivo da Cultura de Franca.

“Uma associação como essa, que a princípio assusta as pessoas que não possuem informação, impacta na vida das mulheres. No acolhimento da mãe de um paciente grave que se trata com óleo, até no acolhimento de vítimas de violência doméstica essas associações tem atuado. Participaram o presidente (Enor Machado de Morais), uma assistente social que contou como é realizado o acolhimento dessas mães, mulheres, filhas e uma mãe de dois filhos autistas, pacientes da Flor da Vida, que contou como essa terapia com cannabis revolucionou a vida dela e dos filhos”, explicou Mariana Negri Vidotti Amorim, coordenadora de organização política e jurídica do Coletivo da Cultura. Ela também coordena o Lugar de Mulher do Coletivo da Cultura, que é um espaço para debater/publicizar assuntos femininos e feministas.

Nesses links é possível ver detalhes: https://fb.watch/5D0zndOkjs/, https://www.facebook.com/104809911340301/posts/294429822378308/.

Medicamento

O canabidiol é extraído da Cannabis sativa e não tem princípio psicoativo, atribuído a outros produtos com origem também na mesma planta.

Na Argentina, Austrália, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Israel e Uruguai o uso medicinal existe há algum tempo. No Brasil ainda existe uma série de entraves, mas é possível solicitar à Anvisa autorização para importação.

Os óleos à base de CBD são receitados para epilepsia, esclerose múltipla, mal de Alzheimer, mal de Parkinson, ansiedade, dor crônica, fibromialgia, depressão, obesidade, glaucoma, inflamações intestinais, artrite e estresse pós-traumático, conforme o Portal Hospitais do Brasil.

Até agosto de 2019, em torno de 6,3 mil pacientes estavam cadastrados na Anvisa para realizar o uso desse medicamento e promover a importação.

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