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Câmara decide virar às costas para prefeito e cria comissão para auxiliar nas negociações salariais

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais Luís Fernando Nascimento fez uso da Tribuna da Câmara de Franca, na manhã desta terça-feira, 19, e pediu apoio à categoria. Inicialmente agradeceu o espaço, parabenizou os servidores presentes durante a reunião e fortaleceu as cobranças feitas pela Câmara através do vereador Gilson Pelizaro (PT) para contratação e ampliação de agentes de vetores para auxiliar no combate à dengue.

O principal tema abordado foi sobre reajuste salarial dos servidores públicos. Durante o expediente foi feita a leitura do Projeto de Lei Ordinária nº 21 de 2024, de autoria do prefeito Alexandre Ferreira (MDB), que dispõe sobre a revisão geral anual disciplinada pelo art. 37, inciso X, e art. 39, § 4º da Constituição Federal e dá outras providências. De acordo com o documento, o percentual de reajuste salarial seria de 3,86%, cartão Alimentação no valor de R$ 986,67 e abono escolar a ser concedido no ano de 2025 no valor deR$ 367,66.

Luís Fernando Nascimento criticou a postura. “O prefeito enviou projeto falando que teve consenso, mas não existiu consenso! Nós estamos ainda na luta, estamos em negociação e o prefeito novamente atropelou essa negociação. Pedimos que esse projeto seja discutido com os servidores, nós temos um tempo curto. Nós estamos negociando antecipadamente por ser ano eleitoral, e o ano eleitoral se inicia em 6 de abril, então, até 6 de abril poderia se fazer qualquer negociação”, acrescentou.

O presidente do sindicato falou sobre as negociações em outros municípios como, por exemplo, Cristais Paulista, Pedregulho, Ribeirão Corrente e Itirapuã. “Em Cristais Paulista fechamos com 10%, então, é possível dar aumento real nos salários. Pedregulho tivemos 10% e mais R$ 150 no cartão alimentação”, enfatizou.

A vereadora Lurdinha Granzotte (União) parabenizou o presidente pela exposição e defendeu as reivindicações da categoria. “Estou falando como servidora! Eu não aceito esse reajuste de 3,86%.”

Luís Fernando reforçou que ainda há necessidade de discussão. “Estamos pedindo aos vereadores para que intercedam junto ao Prefeito nessa negociação, estamos pedindo intervenção junto ao Prefeito para continuar a negociação. Nós estamos reivindicando a correção da inflação e pedimos mais 4% de aumento real, estamos pedindo R$ 250 no cartão alimentação. É possível! A Prefeitura tem condições, aumentou o Orçamento em 7,8% do ano passado para esse. É apenas uma questão político administrativa”, concluiu.

O presidente da Câmara vereador Della Motta (Podemos) informou que medidas vão ser tomadas. “Nós não vamos fazer urgência! Não tem regime de urgência! É um assunto de extrema necessidade.”

A servidora municipal Juliana Gonçalves também fez uso da Tribuna. “É uma gestão autoritária e totalmente desrespeitosa com toda uma classe de servidores municipais, onde as tratativas das negociações do dissídio coletivo devem ser asseguradas para ambas as partes. Estamos aqui suplicando mais uma vez para que não permitam que sejamos silenciados! Olhem para nós com olhar de humanidade e o nosso pedido é uma proposta que seja aceita”, acrescentou.

Juliana ainda fez apontamentos de situações precárias de trabalho na área de educação, falta de funcionários e equipamentos adequados. “A gente faz tudo o que pode e o que não pode! Fazemos a comida com tudo que é possível, muitas vezes levamos vinagre de casa para temperar salada, alho, cebola, cenoura, tomate, fósforo, pano de limpeza e detergente. É esta a condição de trabalho que o prefeito oferece para nós trabalhadores.”

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