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Conheça perigos e consequências da picada de escorpião; alguns bairros de Franca enfrentam infestação

Parentes das aranhas e dos carrapatos, os escorpiões são animais peçonhentos cuja picada pode causar sérios problemas à saúde. Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2021, foram registrados mais de 154 mil acidentes por picada de escorpião no Brasil. A pasta alerta que não há evidências científicas de que tratamentos caseiros funcionem e diz que, em caso de picada, o paciente deve procurar atendimento médico imediato.

Até o final do ano passado, dois bairros de Franca sofriam com intensidade com infestação de escorpiões. O Jardim Santa Lúcia e o Jardim Flórida, por serem bairros novos e terem muitos terrenos vazios, que por sua vez não recebem tratamento constante de capina, apresentam essa condição de infestação de escorpiões pretos na região.

Algumas espécies de escorpião já estão fortemente adaptadas ao ambiente urbano. Em caso recente registrado em Brasília, o menino Thomas Caitano, de 2 anos, foi picado pelo animal enquanto dormia, em um apartamento em Águas Claras. A criança permanece internada em estado grave, sem previsão de alta, e a família pede doação de sangue do tipo A+. O ministério reforça que, no verão, a atenção deve ser redobrada por causa do clima úmido e quente.

“Falando sobre os meios de enfrentamento das infestações de escorpiões, existe um mito criado pelo próprio Ministério da Saúde de que não haveria controle químico eficaz no combate ao escorpião. Emitido no ano de 2009, o documento claramente mostra que precisa ser revisado, visto que o mercado de Saneamento Ambiental se utiliza de produtos inseticidas cadastrados pelo próprio ministério, desenvolvidos especialmente para o controle químico dessa praga”, detalha a empresa Bioforte Saneamento Ambiental, especializada nessa área e que atua em Franca.

“É importante ressaltar que a compra e venda desses produtos e de outros inseticidas de linha profissional é permitida somente entre empresas especializadas no ramo de controle de pragas urbanas, sendo assim proibida a aquisição e manipulação desses produtos por pessoas físicas”, complementa.

Espécies
No Brasil, existem quatro principais espécies de escorpião: escorpião-amarelo, encontrado em todas as regiões e o que mais preocupa, por ser o mais venenoso; escorpião-marrom, encontrado na Bahia e em alguns locais do Centro-Oeste, Sudeste e Sul; escorpião-amarelo-do-nordeste, mais comum no Nordeste, com registros em São Paulo, no Paraná e em Santa Catarina; e escorpião-preto-da-amazônia, principal causador de acidentes e mortes na Região Norte e em Mato Grosso.

Sinais e sintomas
De acordo com o ministério, quando a pessoa é picada por escorpião, a dor é imediata em praticamente todos os casos. Há ainda sensação de formigamento, vermelhidão e suor no local. Após alguns minutos ou horas, principalmente em crianças, que são mais vulneráveis ao veneno, podem aparecer sintomas como tremores, náuseas, vômitos, agitação incomum, produção excessiva de saliva e hipertensão.

A pasta destacou que todos os escorpiões são venenosos e diz que os riscos aumentam de acordo com a quantidade de veneno injetado e em quão nocivo o veneno de cada espécie é para o corpo humano. Os casos leves, que não necessitam da aplicação do antiveneno, representam cerca de 87% do total de acidentes.

O soro antiescorpiônico é disponibilizado apenas nos hospitais de referência do Sistema Único de Saúde (SUS).

Prevenção
Os escorpiões que habitam no meio urbano alimentam-se principalmente de baratas e são comuns em locais onde há acúmulo de lixo. São animais que não atacam, mas se defendem quando ameaçados. Segundo o ministério, para evitar encontros indesejados, é importante manter sacos de lixo bem fechados, jardins e quintais limpos e evitar acúmulo de entulho, folhas secas, lixo doméstico e materiais de construção nas proximidades das residências.

Em casas e apartamentos, é importante usar soleiras nas portas e janelas; telas em ralos do chão, pias e tanques; afastar camas e berços das paredes; evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão e manter o gramado aparado. Outra recomendação é não colocar a mão em buracos, embaixo de pedras ou em troncos apodrecidos e usar luvas e botas de raspas de couro para realizar atividades que representem certo risco, como manusear entulho e material de construção.

Nas áreas rurais, além de todas essas medidas, é essencial preservar os chamados inimigos naturais dos escorpiões: lagartos, sapos e aves de hábitos noturnos, como corujas.

“O Ministério da Saúde não recomenda a utilização de produtos químicos (pesticidas) para o controle de escorpiões. Esses produtos, além de não possuírem, até o momento, eficácia comprovada para o controle do animal em ambiente urbano, podem fazer com que eles deixem seus esconderijos, aumentando o risco de acidentes.”

*Matéria F3 Notícias, com Agência Brasil

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