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Dia Mundial do Orgasmo: 79% das mulheres já fingiram ‘chegar lá’

Efes/Pixabay

Setenta e nove por cento das mulheres já fingiram sentir o ápice do prazer. É o que revela uma pesquisa realizada com 2.036 brasileiras a partir de 18 anos, de todas as regiões brasileiras e classes sociais, estado civil e gêneros, coordenada e divulgada neste ano pela Hibou – empresa de pesquisa e insights de mercado e consumo. Dentre os principais motivos para simular o orgasmo estão: terminar logo o ato, agradar o parceiro e evitar explicações e constrangimentos. O levantamento também revelou que 42% das participantes relatam dificuldade para chegar ao “clímax”.

Tal problema, atualmente, é abordado por uma data própria: o Dia Mundial do Orgasmo, celebrado todo 31 de julho. A data surgiu na Inglaterra, em 1999, com foco comercial (tinha o intuito de alavancar vendas de lojas de produtos adultos), mas, hoje em dia, ganhou status de conscientização sobre os benefícios da sensação, uma das mais intensas do corpo humano e que traz inúmeros benefícios à saúde.

A ginecologista Vanessa Machado, do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), além de enaltecer os diversos benefícios do orgasmo à saúde de maneira geral, dá dez dicas para que as mulheres consigam “chegar lá”:

Benefícios à saúde

Ao chegar ao auge sexual, o corpo humano libera endorfinas, que dão sensação de bem-estar, ativam a circulação sanguínea e proporcionam relaxamento, equilíbrio dos hormônios, alívio de dores e estresse, melhora da qualidade de vida, do sono, do sistema imunológico e ainda queima calorias.

Segundo a especialista, “o orgasmo leva a uma descarga repentina da tensão sexual e, nesse momento, inúmeras áreas do cérebro são ativadas. Os níveis de oxigenação e do fluxo de sangue aumentam consideravelmente, melhorando a circulação no coração e no cérebro. O prazer sexual proporciona muitos benefícios, como reduzir o estresse e a ansiedade e aumentar a sensação de bem-estar devido à liberação de ocitocina (o hormônio da felicidade), além de favorecer a saúde mental das mulheres”.

O período do orgasmo é bem curto e dura, em média, entre cinco e 15 segundos, com contrações fortes seguidas por outras mais fracas. “Temos terminações nervosas sensíveis ao toque por todo o corpo, que, quando estimuladas, são interpretadas como prazer no sistema nervoso central. Há quem diga que com o estímulo certo, é possível estender esse tempo. Quando o estímulo sexual continua, algumas mulheres voltam a ter a contração forte imediatamente ao primeiro orgasmo, e isso pode se repetir, o que chamamos de orgasmo múltiplo. Normalmente, não é planejado, acontece inesperada e espontaneamente”.

Outro fator apontado pela ciência como motivador sexual é o instinto biológico de procriação. “A teoria é a de que o prazer é uma recompensa tão agradável que aguça o engajamento no sexo e a procriar. Sem essa ‘recompensa’, talvez o ser humano não se interessasse por sexo e nossa espécie poderia ser extinta”.

De acordo com Vanessa, os homens atingem o orgasmo quando manipulam o pênis ou na penetração. Já para elas, seria muito mais fácil chegar ao prazer, pois “o clitóris funciona como uma espécie de gatilho para o prazer feminino. O orgasmo só com a penetração é um pouco mais complicado para as mulheres. Em geral, exige mais prática, tranquilidade e intimidade com o parceiro. Outras diferenças existem em relação à duração e ao tempo necessário para se atingir o ponto máximo de prazer. Para as mulheres, normalmente o orgasmo demora um pouco mais. Entretanto, quando chega, tende a ser mais prolongado do que o masculino”, destaca.

Após o orgasmo, ambos os sexos passam por um período chamado “refratário”, uma fase de recuperação antes que se possa engatar uma nova atividade sexual. “Para elas, é bem mais curto. Em poucos segundos, a maioria das mulheres já estaria apta a experimentar mais prazer. Já entre eles, esse intervalo tende a ser maior, sendo que muitos esgotam suas atividades sexuais diárias depois de um único orgasmo”, esclarece.

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