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Golpe de cheque de R$ 21,5 milhões, que teve advogado de Franca envolvido, era recorrente

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A investigação sobre a tentativa de golpe milionário que vinha sendo aplicada em agência do Banco do Brasil em Franca indicou que o modo de ação já tinha sido feito em outros locais. Na cidade, um comerciante de 27 anos do Jardim Brasilândia, um empresário de 28 anos de Bocaína (SP), um advogado de 45 anos de Franca e um motorista de 46 anos morador em Brasília envolveram-se no crime.

Conforme trabalho de apuração da Polícia Civil de Franca, o esquema era aplicado a partir de talonário de cheques que fora roubado do Banco do Brasil na capital paulista há cerca de quatro anos. Com as folhas em branco, os golpistas faziam o preenchimento de acordo com conveniência e informavam qualquer valor que quisessem.

Essa apuração começou em maio deste ano, quando os investigados tentaram descontar o cheque milionário em agência do Banco do Brasil que fica na Estação. O dinheiro era para ser depositado em conta corrente do comerciante morador de Franca, que tinha conta aberta em outra agência do mesmo banco, mas no Centro. Na primeira tentativa de cometer o estelionato, funcionário do banco identificou irregularidade no preenchimento e não procedeu com a transferência. O cheque estava nominal ao comerciante do Jardim Brasilândia e era de uma agência em São Paulo.

Porém, o mesmo comerciante voltou à agência no dia seguinte acompanhado do advogado francano de 45 anos, que mora no Centro, e de um empresário de 28 anos morador de Bocaína (SP). Nessa segunda visita ao banco, eles tentaram descontar o cheque no caixa, mas por conta do valor alto, o caso foi encaminhado para a gerência.

Conforme apurado, o advogado foi quem tratou com os funcionários e chegou a dizer que o depósito no valor de R$ 21.580.000,00 estaria acertado com o “superintendente do Banco do Brasil”, mas não houve menção do nome desse superintendente. O advogado argumentou que mesmo que houvesse um problema na identificação da folha, a agência poderia descontá-lo com acerto no sistema CMC 7, que é um equipamento que lê códigos magnéticos codificados em 7 barras.

Além dos números de identificação no cabeçalho fora do padrão do banco mais uma vez, o cheque agora era de uma agência que fica em Santo André e estava nominal ao empresário de Bocaína, e não mais para o comerciante de Franca.

Tanto na agência de Santo André, como na de São Paulo, funcionários do BB relataram que era recorrente o contato com eles de tentativa de golpe, ao se descontar cheques falsificados com valores altos.

Por conta dessa segunda tentativa de repassar cheque falso, policiais civis foram acionados e prenderam os suspeitos em flagrante. Na época da prisão, somente o motorista que estava com o grupo não pagou fiança de R$ 3,3 mil. Por isso, ele prosseguiu preso. Todos os demais aguardam em liberdade o andamento do inquérito, que já está em fase de conclusão.

Na época da prisão, no começo de maio, a defesa do advogado detido sustentou que o profissional tinha sido contratado para fazer um contrato de exportação e ele acabou envolvendo-se nessa situação. A OAB-Franca acompanhou o caso.

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