Denunciada pelo Ministério Público Estadual (MPSP), em janeiro deste ano, uma mulher que envenenou ao menos 26 gatos na cidade de São Joaquim da Barra foi condenada com base no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (maus-tratos com resultado morte). Ela recebeu pena de 13 anos e 7 meses em regime inicial fechado e não poderá recorrer em liberdade. O Ministério Público apelou para majorar a sentença.
O caso ocorreu em 27 de dezembro de 2024, quando a denunciada colocou carne envenenada em via pública, causando a morte dos animais que ingeriram o alimento contaminado.
De acordo com a Promotoria, câmeras de segurança registraram o momento em que a denunciada depositou os pedaços de carne na Rua Paraná, próximo à sua residência. A motivação do crime seria a insatisfação com a presença dos animais na região.
Denúncia feita por ONG
O crime ocorreu no final de 2024 e chocou a cidade de mais de 55 mil habitantes. A ONG Aumiau Protetores SJB vem acompanhando o caso e a Polícia Civil instaurou inquérito para investigar as mortes. Houve a morte de filhotes e gatos adultos, machos e fêmeas em gestação, no bairro Vila Deieno. Quem presidente o inquérito é o delegado Gustavo de Almeida Costa.
“São Joaquim tem um delegado honrado, responsável e que luta pela justiça. Agradecemos todo o empenho do Dr. Gustavo em levantar as provas e conduzir esse caso com seriedade. Dr. Gustavo não se importou em mudar sua opinião quando percebeu a gravidade do crime e o quanto ele causou danos à sociedade. Crimes jamais serão aceitos, e a justiça sempre prevalecerá. Mas precisamos refletir: será que a justiça é realmente cega? Por que assassinatos, um crime tão violento, recebem penas diferentes dependendo se as vítimas são humanos ou animais? Quem mata animais não vai para a cadeia, mas quem mata pessoas, sim. No entanto, já é comprovado que quem é cruel com animais também pode ser cruel com pessoas”, divulgou a ONG, em nota.
O delegado, durante a investigação, divulgou vídeo para explicar as etapas desse caso, quando ainda não havia a materialidade da prática do crime contra a mulher investigada. A ONG publicou o pronunciar do delegado.
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