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Movimento cobra investigação efetiva sobre morte de jovem cometida por PMs

A morte de Alan Diego na Vila São Sebastião, em Franca, ainda está cercada de questionamentos. Nesta terça-feira (2), um manifesto pacífico foi feito para lembrar sobre a necessidade de conclusão sobre apuração desse caso. O jovem foi morto em uma ação da Polícia Militar há um mês.

O Afronte Franca pendurou uma faixa em pontilhão próximo de onde o jovem foi morto por policiais militares. Na faixa dizia: “Contra o genocídio do povo negro. #justiçap/alan”.

“O Afronte cobra que as investigações ocorram e sejam efetivas. Acreditamos que o ocorrido mostra o despreparo da Polícia Militar. Alan foi assassinado com aproximados 8 tiros. Não é, nem de longe, em legítima defesa. Além do despreparo e truculência da Polícia, é nítido que o assassinato de Alan Diego tem origens raciais. A Polícia Militar é a que mais mata no mundo e, sobretudo, mata a população negra. É indissociável pensar o assassinato de Alan sem pensar no racismo que permeia nossa sociedade, e o processo histórico de genocídio da população negra”, afirmou Otávio Lemes, militante do Afronte Franca.

A família de Alan, conforme Otávio, está recebendo apoio de movimentos negros e o Conselho Municipal da Comunidade Negra de Franca (Comdecon).

O caso

Alan Diego, 23 anos, foi morto na noite de terça-feira (2 de fevereiro) na Rodovia Cândido Portinari, perto da Vila São Sebastião, após perseguição da Polícia Militar. O jovem estava próximo de uma padaria e, de acordo com a PM, correu ao avistar a viatura.

A Polícia Civil tem inquérito instaurado para apurar a morte. Perícia Criminal esteve no local para realizar levantamentos e o corpo de Alan vai passou necrópsia. Os laudos estão para serem entregues à Polícia Civil. Há uma discussão se houve excesso de força policial na ação por parte da PM.

Um revólver calibre .32 foi apreendido e apontado como sendo de Alan Diego. Não foi confirmado que ele realizou disparos.

A Polícia Militar instaurou procedimento interno para apurar o caso e os policiais militares envolvidos foram afastados da ronda ostensiva.

Depois do homicídio de Alan, houve protesto na região. Um ônibus chegou a ser queimado no dia 3 de fevereiro.

Sobre o Afronte Franca

É um coletivo nacional de juventude. Há núcleos em todas regiões do país, e o Afronte Franca é um desses núcleos. O Afronte reúne jovens que acreditam na construção de uma nova sociedade, que seja de fato igualitária. “Por isso temos um posicionamento antirracista, feminista, antiLGBTfóbico e ecossocialista”, detalhou Otávio Lemes, integrante do movimento.

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