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Nova variante da covid-19 é identificada em Botswana e 10 casos são confirmados

Foto: Torstensimon/Pixabay

Pesquisadores estão alertando sobre a descoberta de uma nova variante da Covid-19 que carrega uma quantidade “extremamente alta” de mutações do vírus. A B.1.1.529 foi detectada pela primeira vez em Botswana e até o momento apenas 10 casos foram confirmados.

Segundo pesquisadores do Imperial College London, a preocupação é que essa Cepa, por conta de seu alto número de mutações em relação a versão do vírus descoberta originalmente, seja capaz de escapar da proteção concedida pela infecção pela Covid-19 ou até mesmo de algumas vacinas, mas isso ainda precisa ser confirmado.

Três casos da Cepa foram identificados em Botswana, onde ela foi encontrada originalmente. No entanto, outros seis diagnósticos ocorreram na África do Sul e um em Hong Kong, de um viajante que voltava do país africano. Todos os casos foram confirmados por meio de sequenciamento genético.

O maior risco da nova variante é por conta das 32 mutações que ela possui na proteína Spike. É justamente essa parte do vírus que a maior parte das vacinas utiliza para que o sistema imunológico seja capaz de barrar a Covid-19. Ou seja, alterações nessas proteínas podem ser potencialmente perigosas.

Nova variante da Covid-19

Tom Peacock, virologista do Imperial College London, destacou que “a quantidade incrivelmente alta de mutações de pico sugere que isso pode ser uma preocupação real”. Ele completa dizendo que a nova variante da Covid-19 deve ser “muito, muito  monitorada devido a esse perfil de pico horrível”.

Já a Dra. Meera Chand, diretora da Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido, disse que monitora essa cepa. “Como é da natureza dos vírus sofre mutações frequentes e aleatórias, não é incomum que surjam pequenos números de casos apresentando novos conjuntos de mutações. Quaisquer variantes que apresentem evidências de disseminação são avaliadas rapidamente”, disse.

Para Ravi Gupta, professor de microbiologia clínica da Universidade de Cambridge, apesar do risco, ainda é cedo para afirmar que essa mutação é mais transmissível, como ocorreu com a Delta, por exemplo. “Uma propriedade-chave do vírus que é desconhecida é sua infecciosidade, pois é isso que parece ter causado principalmente a variante Delta. A fuga imunológica é apenas parte do quadro do que pode acontecer”, explicou.

Ainda nesta quinta-feira (25), uma pesquisa sugeriu que vírus ligados à Covid-19 já circulavam entre morcegos do Camboja algumas décadas antes da doença chegar aos humanos.

*Matéria F3 Notícias, com Olhar Digital

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