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Setor calçadista francano volta a recontratar e exportação está rendendo mais receita

Foto: Divulgação/Atacado de Calçados

O Sindicato da Indústria Calçadista de Franca (Sindifranca) divulgou neste mês de outubro que os impactos negativos da pandemia causada pelo novo coronavírus estão sendo amenizados. O setor industrial na cidade já realiza recontratações  e pelo 3º mês consecutivo há aumento no número de vagas de emprego. Essa guinada passou a ser sentida em agosto, quando houve saldo positivo de 272 vagas criadas. Em julho, o saldo positivo estava em 101 vagas.

“A indústria vem se movimentando, se recriando e buscando oportunidades de negócio ainda não explorados. A criatividade e a necessidade sempre acompanharam nossos empresários e, agora, mais do que nunca, essas qualidades vem se destacando”, pontuou o Sindifranca, em nota divulgada em seu site.

Até o mês de agosto, a indústria calçadista registrou 10.184 funcionários trabalhando. Esse número era de 9.912 em julho. O número ainda não é o mesmo de fevereiro, período que havia um maior número de pessoas contratadas: 16.601. As demissões começaram em abril e seguiram mais fortes até julho.

A indústria calçadista, para contornar a crise, passou a depender menos de lojas físicas e grandes lojistas e direcionou parte de sua produção para as vendas online. Apesar dessa realidade de mercado, muitas fábricas ainda estavam alicerçadas no método mais tradicional de negócio.

Essa transição para o online é sentida também por locais que são considerados de referências para a venda de calçado em Franca, como é o caso do Shopping do Calçado. O grupo, que reúne 18 lojistas, passou a oferecer uma plataforma para vender calçados e outros produtos pela internet. O sistema de marketplace foi lançado nesta terça-feira (6). O Shopping do Calçado vai completar 23 anos de existência neste mês e só foi migrar para o online neste segundo semestre.

A exportação também é outro fator que foi retomado e impulsionou as fábricas, que despacharam a produção que tinham e começaram a tratar sobre novas vendas.

“Nestes oito meses de 2020, as exportações de calçados foram bastante afetadas pela pandemia da COVID-19. No acumulado de janeiro à agosto, Franca exportou US$ 24,141 milhões, enquanto no mesmo período de 2019, foram exportados US$ 45,281 milhões, 46,7% a menos. Porém, houve aumento de 18,3% na receita das exportações de julho para agosto, de US$ 2,656 para US$ 3,142 milhões, o que mostra uma reação do mercado, com a flexibilização da quarentena e tímido aumento do consumo em outros países. Os Estados Unidos continuam sendo nossos principais clientes, seguido por Argentina, Chile, Equador e Colômbia, responsáveis por mais de 60% de nossas atuais exportações francanas”, detalhou estudo do Sindifranca.

Ainda não há dados consolidados de setembro, mês que marca uma maior retomada da economia de forma mundial. “Esperamos que os próximos atos do Ministério da Economia ajudem a acelerar a recuperação dos empregos do setor, especialmente com liberação de linhas de crédito e incentivos para a exportação de calçados, aproveitando a boa fase do dólar”, disse o presidente do Sindifranca, José Carlos Brigagão do Couto.

Boa fase ainda não retornou

No estoque de empregos, o setor calçadista de Franca tem muito a recuperar ainda: em agosto de 2019, as indústrias empregavam 17.564 pessoas. “No cenário calçadista nacional, vemos também uma recuperação em curso: no Brasil, em agosto, tivemos um saldo positivo de 6.285 vagas e no Estado de SP foram 529 vagas. Mas o estoque total de empregos ainda é de 236.082 funcionários no setor calçadista brasileiro, queda de 13,6% em relação ao mesmo período de 2019. E o Estado de SP está com 27.071 empregados no setor em Agosto de 2020, queda de -22,2% em relação ao ano passado”, analisou o Sindifranca.

Veja gráfico sobre empregos gerados em Franca no setor calçadista:

Foto: Divulgação/Sindifranca

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