Um desdobramento da Operação Purgamentum, realizada em 2017, e a delação premiada de um investigado resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão contra o prefeito de Franca, Gilson de Souza (DEM), nesta quarta-feira (9). Promotores, apoiados pela Polícia Militar, foram primeiro na casa de Gilson logo nas primeiras horas da manhã. Visitaram também um escritório de Gilson e o acompanharam até a Prefeitura para realizarem buscas no gabinete dele.
A Operação Hamelin, deflagrada neste dia 9, cumpriu 35 mandados de busca e apreensão em relação a 15 alvos, entre eles Gilson de Souza. A investigação do Ministério Público Estadual tem alcance em mais de uma Prefeitura na região de Franca. Também foram cumpridos mandados em Guaíra, Orlândia, Morro Agudo e Batatais.
“Os contratos investigados somam, aproximadamente, R$ 41 milhões anuais. Foram expedidos 35 mandados de busca e apreensão em relação a 15 alvos. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, bem como pela 2ª Vara Criminal de Franca, pela Vara Criminal de Batatais, pela 1ª Vara Criminal de Guaíra, pela 1ª Vara Criminal de Orlândia e pela Vara Criminal de Morro Agudo. Em decorrência do acordo de colaboração premiada firmado entre o MPSP e os colaboradores, serão restituídos aos cofres públicos R$ 10 milhões”, detalhou nota do MPSP.
Segundo apuração decorrente dos termos de colaboração premiada assinada após operação feita em 2017, diversos prefeitos realizaram ajustes com uma empresa para que, em troca da sua contratação (ou manutenção do contrato), fossem pagos valores indevidos, sejam a título de campanha eleitoral, seja mediante vantagens indevidas no exercício do cargo. O padrão se repetia em vários municípios, onde era feita a contratação emergencial da empresa por uma ou duas vezes, para, após, ser feito o contrato definitivo, tudo de forma direcionada.
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