O presidente do Sindicato dos Motoristas de Franca e Região, Geraldo Xavier de Almeida, informou ao site F3 Notícias nesta quarta-feira (23) que a empresa São José ainda não se manifestou sobre o pagamento de funcionários. Por conta do atraso, a folha deveria ter sido paga no 5º dia útil, o transporte público na cidade está paralisado.
Os funcionários da concessionária estão indo à garagem, localizada no City Petrópolis, mas não estão trabalhando. Houve notificação oficial que haveria greve devido ao atraso no pagamento. Conforme Geraldo Xavier, sequer reunião para tratar o assunto estava prevista para acontecer nesta quarta-feira (23) para haver acordo.
Desde o ano passado, com o início da pandemia do novo coronavírus, o pagamento de funcionários da empresa tem sofrido algum atraso, informou o sindicato da categoria.
“Continua a greve. A empresa alega que não tem dinheiro. A gente está esperando, a empresa não falou nada. Falaram que iam pegar o faturamento e pagando por dia o que desse, mas os motoristas não aceitaram. Estão faturando pouco e, por isso, vai demorar para receber. Então está nesse impasse. Todos vão para a garagem. Não tem reunião, está tudo parado.”, explicou o presidente do sindicato.
A Prefeitura de Franca notificou a concessionária do transporte público municipal da cidade nesta terça-feira (22). O órgão responsável por regular o contrato da concessão por parte do município é a Empresa Municipal para o Desenvolvimento de Franca (Emdef).
“A Prefeitura de Franca, por meio da EMDEF (Empresa Municipal para o Desenvolvimento de Franca), notificou nesta terça-feira (22) a Empresa São José para que retome, imediatamente, a prestação dos serviços de transporte coletivo de passageiros, bem como o de vans adaptadas para o atendimento de cadeirantes no município”, informou a Prefeitura, em nota.
O governo municipal só decidiu cobrar a São José nesse tom depois que perceber que não conseguiria a aprovação na Câmara de Vereadores do auxílio emergencial para a concessionária. Projeto enviado ao Legislativo previa repassar R$ 1,35 milhão, mas na imininência de ter a proposta rejeitada nesta terça (23) o próprio Executivo pedir para retirar o projeto. Na nota, a Prefeitura alegou que notificou a concessionária “tendo em vista o caráter essencial e indispensável, visando atender às necessidades dos usuários, sob pena de sanções contratuais e legais cabíveis”.
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