A advogada Juliana Moreira é a advogada agredida em Rifaina e que revelou nesta semana caso de agressão grave. Ela sofreu um soco no rosto quando foi acompanhar caso de perícia em Rifaina, em processo que trata de reintegração de posse. Apesar do flagrante e filmagens, não houve prisão do acusado. Também foi arrastada pelos cabelos e ainda sofreu escoriações no pescoço.
Mesmo depois dessas agressões antes mesmo de a perícia judicial iniciar, ainda foi constatada situação de impunidade. Juliana Moreira chamou a Polícia Militar e Civil para atender a ocorrência, porém o acusado não foi preso com a alegação que não havia provas materiais.
Parte das agressões foram gravadas em vídeo e áudio e esse material vai compor ação judicial. Além disso, a advogada começou uma divulgação sobre a agressão em uma rede social e agora atua diretamente para dar maior repercussão para incentivar que outras mulheres acreditem em respaldo para realizar denúncias de violência doméstica.
No programa de Bia Garcia, na Rádio Vida Nova FM, de Franca, nesta sexta-feira (17), ela concedeu entrevista em que detalhou toda a violência que sofreu. “Não é a Justiça que é cega, são os seres humanos que querem ser cegos. Pensem, será que testemunhas vão depor (contra o acusado). Vão falar: ‘ele bateu até na advogada'”, contou.
“Muitas mulheres não têm advogado para entrar com um processo (de violência doméstica). Muitas mulheres não têm condições de chegar em uma rádio e dar entrevista porque as pessoas vão se perguntar: ‘será que isso é verdade?’. Muitos filhos veem suas mães apanharem sem nada para fazer. Mas se eu levei um murro na cara foi para que eu tivesse coragem para eu acordar e falar para a população francana: ‘pode bater na porta do meu escritório que eu faço de graça (processo contra violência doméstica)”, desabafou, em tom de alerta, a advogada.
Assista à entrevista concedida pela Rádio Vida Nova FM ao F3 Notícias
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