O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e a Polícia Federal deflagraram, na manhã desta quarta-feira (25/6), a Operação Augusta, mirando um esquema de corrupção e vazamento de informações sigilosas envolvendo agentes públicos e particulares. A ação é fruto de investigação realizada pela Polícia Federal e pelo MPSP, que contaram com apoio da Polícia Militar do Estado e da Corregedoria da Polícia Civil.
Ao todo, estão sendo cumpridos três mandados de prisão preventiva e nove mandados de busca e apreensão (cinco na capital, três na região metropolitana de São Paulo e um na Praia Grande). As ordens foram expedidas pelo Poder Judiciário paulista.
As apurações indicam que os investigados atuavam para favorecer ilegalmente pessoas investigadas em inquéritos criminais, mediante o pagamento de vantagens indevidas. Entre os crimes apurados estão o arquivamento irregular de procedimentos policiais, o repasse clandestino de informações protegidas por sigilo e a intermediação ilícita e apresentação de documentos falsos para a restituição de bens apreendidos.
Um dos episódios investigados envolve a tentativa de restituição de um helicóptero modelo Augusta AW109 – fato que deu origem ao nome da operação. A aeronave, avaliada em alto valor, foi bloqueada pela Justiça junto a outros bens e recursos que podem somar R$ 12 milhões.
Os investigados responderão por crimes como corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, quebra de sigilo bancário e advocacia administrativa. As penas podem ultrapassar 12 anos de prisão, dependendo da conduta apurada.