O Grupo Santa Casa de Franca deu mais um passo importante rumo à excelência assistencial ao promover um treinamento corporativo voltado à segurança do paciente e à maturidade da governança clínica. A capacitação reuniu todos os AMEs administrados pela instituição e consolidou diretrizes fundamentais como Cultura Justa, padronização do fluxo de notificações de eventos adversos e oficialização do Protocolo da Segunda Vítima.
O encontro marcou avanços estruturais na forma como a instituição identifica riscos, lida com falhas e apoia seus profissionais, reforçando o compromisso com um cuidado humano, seguro e transparente.
Cultura Justa: segurança com responsabilidade equilibrada
A capacitação destacou o modelo adotado mundialmente que incentiva o aprendizado contínuo e reduz a cultura punitiva. A partir de ferramentas estruturadas de análise, o Grupo passa a diferenciar erros humanos não intencionais de condutas negligentes, permitindo intervenções justas, educativas ou disciplinares.
Esse olhar mais técnico e cuidadoso fortalece a confiança entre as equipes e aprimora as decisões gerenciais. Segundo o superintendente Thiago Silva, o processo protege profissionais e pacientes ao alinhar responsabilidade, ética e segurança.
Fluxo padronizado de notificações
Outro ponto central do treinamento foi a apresentação do novo fluxo corporativo de notificação de eventos adversos e quase falhas. O modelo reforça a obrigatoriedade do registro, a correta classificação de cada ocorrência e os passos necessários para a resposta rápida.
O roteiro institucional compreende identificação do evento, registro imediato, avaliação técnica, implementação de plano de ação, retorno às equipes envolvidas e monitoramento contínuo pelo setor de Segurança do Paciente. O objetivo é transformar cada evento em oportunidade de melhoria e aumentar a resiliência assistencial da rede.
Protocolo da Segunda Vítima: suporte emocional a quem cuida
A implantação oficial do Protocolo da Segunda Vítima foi um dos momentos mais marcantes da capacitação. A diretriz reconhece o impacto emocional que eventos adversos podem causar nos profissionais envolvidos, reforçando a necessidade de acolhimento e acompanhamento adequado.
O Grupo Santa Casa de Franca oferece suporte imediato e sigiloso, avaliação do impacto emocional, acompanhamento psicológico conforme necessidade, integração com práticas de bem-estar e fortalecimento de uma cultura institucional empática e sem julgamentos.
A proposta considera que, em situações adversas, enquanto o paciente é a primeira vítima, o profissional pode se tornar a segunda, necessitando apoio para evitar sofrimento moral, insegurança técnica e afastamentos.
Comunicação Aberta: transparência e respeito
O treinamento também reforçou a importância da Comunicação Aberta, prática reconhecida internacionalmente como essencial nos programas de segurança do paciente. A diretriz orienta profissionais a dialogarem com clareza e honestidade com pacientes e familiares em casos de eventos adversos, explicando o ocorrido, as medidas adotadas e a garantia da continuidade do cuidado.
A prática reforça a confiança e o respeito na relação assistencial e está alinhada aos valores de ética, transparência e humanização defendidos pelo Grupo.
Compromisso com pessoas, processos e resultados seguros
Ao final do encontro, a Superintendência destacou que segurança do paciente, sustentabilidade dos processos e valorização das pessoas formam o tripé estratégico da instituição. Segundo Thiago Silva, resultados seguros produzem eficiência e a eficiência garante sustentabilidade.
Com a consolidação da Cultura Justa, o novo fluxo de notificações, a implantação do Protocolo da Segunda Vítima e a prática de disclosure, centralizados no setor de Qualidade liderado por Guilherme Ribeiro, o Grupo Santa Casa de Franca reforça seu posicionamento como referência em gestão hospitalar filantrópica.
O presidente voluntário da instituição, Dr. Sidnei Martins de Oliveira, destacou que a Cultura Justa expressa o jeito de cuidar adotado pela organização, sempre pautado em empatia, respeito e compromisso com a segurança. Para ele, cada erro representa uma oportunidade de aprendizado e cada profissional merece apoio e confiança. Ao fortalecer essa cultura, a instituição valoriza vidas tanto de quem recebe o cuidado quanto de quem o oferece diariamente.





