Prédio “Esqueleto” permanece abandonado em área valorizada de Franca após promessas não cumpridas
O prédio conhecido como “Esqueleto”, localizado na esquina da Avenida Adhemar Polo Filho com a Rua Maria Martins Araújo, no Jardim Lima, segue em total abandono, mesmo em uma das regiões mais valorizadas de Franca. Símbolo do descaso urbano, a estrutura de sete andares e subsolo já foi palco de acidentes fatais e, passadas décadas, continua sem destinação definitiva.
Histórico de abandono
O imóvel foi doado pelo município ao Estado em 1980 para instalação da Secretaria da Fazenda. As obras começaram em 1991, mas nunca foram concluídas. Em 2006, foi repassado ao Tribunal Regional Federal, que pretendia instalar a Justiça Federal no local , plano que também não se concretizou. Em 2017, o prédio retornou ao município, mas desde então segue parado.
Promessa de campanha
De acordo com reportagens publicadas por outros veículos de comunicação em 2021, o então candidato Alexandre Ferreira (MDB) assumiu como promessa de campanha dar uma destinação ao “Esqueleto”, afirmando que resolveria o problema “de um jeito ou de outro”.
O que disse Alexandre em 2023
Ainda conforme noticiado em dezembro de 2023, durante coletiva de prestação de contas dos três primeiros anos de governo, Alexandre afirmou que a Prefeitura havia realizado um levantamento técnico que apontava a viabilidade de conclusão da obra. Ele disse que aguardava autorização do Estado para alterar a destinação do imóvel e viabilizar uma negociação com empresas privadas pelo sistema de dação em que o prédio seria transferido em troca da construção de creches ou escolas em bairros da cidade.
Na ocasião, o prefeito também revelou que duas empresas já haviam demonstrado interesse, mas reforçou que a decisão dependia do governo estadual e da Secretaria de Patrimônio.
Situação em 2025
Estamos às portas do final de 2025, e nenhuma mudança efetiva aconteceu. A autorização estadual não saiu, o prédio continua cercado, degradado e sem função social, e a promessa de campanha permanece descumprida.
Enquanto novos empreendimentos surgem na região, o “Esqueleto” se mantém como marca de ineficiência e abandono do poder público, expondo moradores e motoristas que circulam por uma das áreas mais valorizadas de Franca a riscos e ao contraste entre o crescimento urbano e a estagnação política.