Investigados na Operação Atratus, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), três réus tiveram suas sentenças aumentadas após recurso do Ministério Público. Somadas, agora as penas definitivas ultrapassam os 46 anos de prisão em regime inicial fechado. Esse caso foi investigado em Ribeirão Preto.
Os condenados, que responderam por organização criminosa e lavagem de dinheiro, envolveram-se em esquema destinado a forjar empréstimos consignados não autorizados por aposentados e pensionistas no INSS, com prejuízo estimado em mais de R$ 110 milhões em contratos fraudulentos.
A Atratus foi deflagrada em março de 2022 após investigações evidenciaram a existência de uma organização criminosa estabelecida em Ribeirão Preto contando com uma rede de call centers e correspondentes bancários para montar propostas de crédito consignado, mas sem o conhecimento ou induzindo a erro pensionistas e aposentados do INSS.
A contrapartida dessa intermediação fraudulenta era o recebimento de comissões milionárias, pagas pelas instituições financeiras credoras (bancos) e podendo chegar em 6% do valor do empréstimo.
Para viabilizar o esquema, os criminosos levantavam a identificação de pensionistas e aposentados e seus registros pessoais, necessários para formalização da proposta do empréstimo. Tudo indica que esses dados foram obtidos por vias ilegítimas, seja por vazamento interno dos arquivos oficiais do INSS ou por invasão remota de sistemas.