Unesp investiga suposta agressão entre professor e alunos em Franca
A Universidade Estadual Paulista (Unesp) instaurou uma apuração preliminar para investigar uma suposta agressão ocorrida no dia 2 de setembro, no campus de Franca, envolvendo alunos e o professor Gabriel Cepaluni, do curso de Relações Internacionais. Segundo informações noticiadas por diferentes meios de comunicação, o episódio aconteceu durante uma manifestação estudantil contra o docente, acusado de assédio.
De acordo com relatos estudantis, o protesto foi convocado pelo Centro Acadêmico de Relações Internacionais (Cari) com o objetivo de boicotar a aula do professor, acusado de perseguir e assediar alunas “dentro e fora da sala de aula”. O grupo afirma que a manifestação era “legítima e pacífica”, mas teria escalado quando o professor teria agredido quatro alunas com empurrões e golpes, resultando em hematomas e ferimentos.
O professor, por sua vez, registrou boletim de ocorrência alegando ter sido agredido pelos manifestantes e alvo de hostilidades, com roupas rasgadas e desaparecimento de objetos pessoais. Ele nega ter revidado e afirma ter buscado apenas se proteger e pedir ajuda durante o confronto.
Representantes estudantis, no entanto, sustentam que o ato começou de forma pacífica e que o professor reagiu de maneira violenta ao tentar atravessar a barreira formada pelos alunos. Quatro estudantes mulheres teriam ficado feridas e registrado boletim de ocorrência após o episódio.
Apuração interna e posicionamento da universidade
Em nota, a Unesp informou que trata o caso “com máxima seriedade e responsabilidade”, repudiando toda forma de violência. Por meio da Portaria nº 75 da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS), foi instaurado um procedimento de apuração preliminar com prazo inicial de 30 dias prorrogável por mais 30 para investigar os fatos.
“Reforçamos o compromisso de nossa instituição com a ética, o respeito mútuo e o bem-estar coletivo. As medidas cabíveis estão sendo tomadas, respeitando o devido processo legal, o contraditório e o amplo direito de defesa”, declarou a universidade em nota oficial.
A instituição também afirmou que novas informações serão divulgadas assim que possível, respeitando os trâmites legais e a privacidade dos envolvidos.
Repercussão e disputa de versões
O caso ganhou repercussão nas redes sociais após ser compartilhado por diferentes páginas e perfis, o que intensificou a polarização política em torno do episódio. Representantes do movimento estudantil afirmam que os ataques e ameaças recebidos após a divulgação do caso fazem parte de uma tentativa de “criminalizar o movimento estudantil” e “silenciar denúncias de assédio”.
Grupos alinhados a posições mais conservadoras, por outro lado, cobram que a universidade assegure a integridade física e moral do professor e investigue a conduta dos estudantes envolvidos.
Situação atual
Até o momento, a Unesp não concluiu a apuração interna e o professor segue afastado de suas atividades por motivos médicos. A universidade não divulgou resultados parciais do processo.
📰 F3 Notícias acompanha o caso e mantém espaço aberto para manifestação de todas as partes citadas.
Fontes: informações apuradas a partir de conteúdos publicados em veículos jornalísticos regionais e nacionais.