A diretoria administrativa do Hospital do Coração de Franca, desde o início da pandemia, em março de 2020, divulgou que tem enfrentado desafios para fazer a gestão dos leitos COVID. Isso porque a tabela do SUS é insuficiente para custear os serviços.
A instituição alega que acumula atualmente um déficit projetado até o final do ano de R$ 12,5 milhões para manter em funcionamento os leitos da Ala COVID no Hospital do Coração – sendo 53 leitos de UTI – que inclusive permaneceu com 100% de ocupação por vários meses.
O prefeito de Franca, Alexandre Ferreira (MDB), já direcionou um aporte de R$ 4,2 milhões para custeio da estrutura, porém a instituição ressalta que faltam R$ 8,3 milhões para a conta ser fechada.
“Para que a Ala COVID do Hospital do Coração possa continuar atendendo a demanda, é imperativo que receba um aporte financeiro já
para julho, e até dezembro deste ano, pois é muito provável que, mesmo após o fechamento de leitos em outras cidades, o Hospital do Coração (Ala COVID), na posição de hospital estruturante da região com 22 municípios do DRS-VIII – seja a única estrutura que continuará com leitos abertos para acolher a população”, divulgou o hospital, em nota.
Pelo SUS, o Hospital do Coração é o principal local de atendimento especializado para pacientes em estado grave e diagnosticados com covid-19. Há pacientes que são internados tanto da região de Franca, como das cidades próximas que ficam em Minas Gerais.
“É preciso que o Gestor SUS destine recursos em caráter de urgência para manutenção da Ala COVID; caso contrário, será necessário REVER O
MONTANTE DE LEITOS EXISTENTES para adequar a Ala COVID à situação financeira da instituição, o que pode prejudicar seriamente a população de Franca e região”, alertou a entidade, sem especificar os nomes tanto dos governos estadual como o municipal.
Em 8 de junho, a Prefeitura obteve autorização da Câmara para repassar recursos ao Grupo Santa Casa, que administra o Hospital do Coração.
O projeto de lei ordinária nº 83, de 2021, prevê a liberação de até R$ 7.501.259,70 a serem destinado ao Grupo Santa Casa de Franca. Dentro do valor global, a Prefeitura ainda aguarda que o governo estadual encaminhe R$ 3.229.200,00 para auxiliar no custo de manutenção desses novos leitos.
O projeto detalha o uso de recursos da seguinte forma:
- R$ 4.272.059,70 destinado à manutenção de 37 leitos de UTI existentes, e implantação de 16 novos leitos de UTI;
- R$ 3.229.200,00 destinado à locação de equipamentos para implantação de 16 novos leitos de UTI.
O prazo para aplicação dos recursos transferidos é até 31 de dezembro de 2021 e em 31 de janeiro de 2022, a Fundação Santa Casa de Misericórdia de Franca deverá prestar contas perante a Divisão de Gestão de Parcerias e Prestação de Contas da Secretaria Municipal de Finanças.
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